31 de dezembro de 2004

Muito tempo sem postar. Se você está lendo esse post, é sinal de que você é frequentador, no mínimo regular desse blog. Eu abandonei-o? Não. Apenas não tenho a antiga vontade necessária para escrever nele.

Minha mãe disse que há um estudo sobre a juventude atual. Diz-se que a nossa geração não utiliza mais do que 300 vocábulos para se comunicar. Eu não sei ao certo se esse estudo é sobre a incapacidade de se usar vocábulos até então desconhecidos ou por não haver necessidade de se usar palavras que estejam um pouco mais distantes da ponta de nossa língua. Eu também não tenho certeza da quantidade de palavras que eu uso, mas tenho uma noção aproximada das que eu preciso. Atualmente, me faltam palavras, me faltaria espaço num post apenas para caber o que tenho a dizer, me faltaria espaço num blog. Nem a internet possui conteúdo que me faça soltar algo de interessante do meu eu interior.

Lamentável. Último dia do ano, eu aqui no pc sem saber o que escrever, mas com uma total falta de controle verborrágica nas pontas dos dedos. Muita vontade de digitar e refletir sobre a tristeza que a aproximação da meia-noite me causa sempre no dia 31 de dezembro. Já não é de hoje que sinto vontade de me calar gritando. Deixar algo explodir. Talvez ouvir música, sei lá. Bem, esse post está parecendo uma Magical Mistery Tour. Chega!!

Abraços a todos e tenham um 2005 melhor do que as minhas expectativas dizem sobre o "meu" 2005.

Fiquem com Deus.
Paz.

21 de dezembro de 2004

Sádico é meu pensamento a teu respeito e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e
calma, e eu estava em minha cama quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor. Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos até nos mais íntimos
lugares.
Eu adormeci.
Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite. Esta noite recolho-me mais cedo para, na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Não haverá parte do teu corpo em que meus dedos não passarão. Só descansarei quando vir sair o sangue quente de teu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo filho da puta!!!

18 de dezembro de 2004

Dia desses, eu estava na casa de um amigo, num evento apelidado de "big-brother", quando todos estava à volta do computador dele. Sugeri um site (blog), afirmando ser um de meus prediletos. O Leis de Murphy, como o próprio nome já diz, faz apologia à filosofia de vida do pessimismo e que tudo envolve o azar e as possibilidades ruins na vida. Pois bem, fui crucificado por isso. Eis aqui minha explicação:

Chegando para um churrasco-futebol-pagode (fazer o que né ? seria anti-social se não fosse), com chave do carro, carteira e celular na mão, resolvi deixar tudo com uma amiga antes da pelada começar para não deixar apenas jogado num canto. Seria a coisa mais normal do mundo eu sair do jogo e pegar de volta meus pertences, se ela não tivesse perdido minha chave do carro.
Isso mesmo, a chave do carro. Aquele trequinho que faz o carro ligar.

Depois de algumas horas matutando, a madame descobriu que a chave estava com uma amiga dela que já havia ido embora. Celular da amiga desligado (e as Leis de Murphy proferindo razão), chave reserva, esporro, stress. Tudo numa noite só. Sem contar churrasco mal-feito ao som de um pagode mal-tocado (sim, pagode mal-tocado é pior do que o convencional, acreditem ).

É, acho que basta por hoje... Ahhh esqueci, torci o tornozelo.

Abraços a todos e fiquem com o Papai do Céu.

PS: fazendo jus às sábias Leis de Murphy, SORRIA !!! Amanhã será pior !!

4 de dezembro de 2004

Atrasadíssimo, mas lá vai. Melhor tarde do que nunca. Ainda mais em se tratando de Nightwish. Eu não poderia deixar de falar sobre o show de terça-feira no Canecão.


Para não criar muita polêmica (algo que eu tenho feito muito aqui nesse blog), resolvi dividir o review do show em duas partes. Na verdade, dois pontos de vista possíveis.

1º Ponto de vista possível.

Esse é o ponto de vista que eu tive assim que saí do Canecão. Daquele sujeito que é fã de uma banda e diz "Que showzaço". Sim, a performance da banda foi sensacional. Todos estão com uma postura e uma presença de palco muito superiores do que há 2 anos atrás, quando fizeram a última turnê pelo Brasil. Tarja está parecendo uma headbanger, balançando o cabelo, dançando, agitando o público e falando mais entre uma música e outra. Marco, o baixista, está quase um frontman no que diz respeito ao carisma. Sua voz é digna de qualquer bom vocalista de banda de metal de hoje em dia e seus duetos com Tarja foram muito bons. O resto da banda, não deixa a desejar nem um pouco. O tecladista Tuomas rege a banda quase como um maestro. Emmpu, o anão da guitarra mais parece um hobbit feliz por estar tocando numa grande banda, do que um guitarrista virtuoso como são os guitarristas de bandas de metal. Jukka, o baterista faz o seu papel e mais um pouco lá atrás. Precisão e pique perfeitos. Resumindo, uma banda competende e talentosa por um todo.

2º Ponto de vista possível.

Sem dúvida alguma o set list. Acredito que 80% do público não notou e nem se importou com a ausência de músicas dos dois primeiros álbums da banda. Mas nesse 2º ponto de vista possível, é quase óbvio que é um crime deixar de fora os clássicos "Elvenpath" e "Sacrament of Wilderness". Inclusive, seria uma idéia maravilhosa permitir um dueto de Tarja e Marco em "Beaty and The Beast", outro clássico que, misteriosamente, foi retirado do repertório dos shows atuais, justamente hoje em dia que a banda conta com uma voz masculina para poder executar essa música como manda o figurino. Os covers "Symphony of Destruction" (Megadeth) e "Phantom of The Opera" (do musical homônimo) não deixaram a desejar, mas insisto na presença de músicas antigas. Nenhum dinossauro do rock abandona as músicas antigas completamente. Como pode então, uma banda com apenas 5 álbuns lançados, abrir mão de um repertório mais conhecido dos fãs antigos e se deixar levar pela preferência e sucesso que o público deu ao álbum novo?! Difícil compreender. Ainda mais para um fã antigo como eu.

Considerações Finais.

É o show de uma banda que te deixa com o gostinho de "quero mais", independente dos pontos positivos ou negativos. É uma banda que um fã está sempre emocionado ao vê-la na sua frente, por sua energia, inovação (nem tão nova assim mais hoje em dia) e por músicas que aprendemos a amar.

Abraços a todos e fiquem com Deus.
PAZ!!!