10 de setembro de 2005

Judas Priest
Rio de Janeiro, Claro Hall, 8 de setembro de 2005 (review)


Não vi a apresentação do Whitesnake. Cheguei a tempo de presenciar apenas duas baladas (?) deles, se é que podemos chamá-las assim dentro de um repertório feito praticamente APENAS de baladas.
Meia hora de intervalo para desmontagem/montagem e começa o show do tão esperado ícone do metal: Judas Priest.
Uma mega produção. Sem exagero, pode-se dizer que o show do Judas Priest na última quinta-feira (08/09) no Claro Hall foi memorável devido à sua produção caprichada e nada simples. Com excessão a ausência de ''The Sentinel'', clássico do álbum ''Defenders Of The Faith'' de 1984, todo o set list foi satisfatório a 90% do público.
Uma abertura com 'The Hellion/Electric Eye', sendo a primeira em playback, fez o público perceber que vinha muito metal pela frente, principalmente quando Rob Halford surge dentro de um olho/pano de fundo em cima da bateria. Emendaram com o hino 'Metal Gods'. Halford quase sempre imóvel, com pequenos movimento e se preocupando única e exclusivamente e executar todas as músicas perfeitamente, com a competência digna dele. Tempos áureos do Judas ? Muitos fãs provavelmente diziam isso antes desse show, até que se viu um Judas Priest em forma e com um set list arrasador.
Com uma sequência arrasadora, alternando clássicos e músicas do novo álbum ''Angel of Retribution'' lançado esse anos, o público presente viu desde ''Riding On The Wind''
''A Touch Of Evil'' e ''Judas Rising'' até ''Revolution''. Mesmo a rápida ''Breaking the Law'' fez um público de cerca de 8 mil pessoas ter os 3 minutos mais agitados em suas vidas nos últimos tempos. Como de prache, tocaram ''Diamonds And Rust'' em versão acústica. Depois ''Deal With The Devil'', que foi a música com recepção mais morna do público entre as músicas do "Angel of Retribution''. E como é de costume com os grandes nomes do mundo da música, nada como dois clássicos para colocar tudo do jeito que deve ser. ''Beyond The Realms Of Death'' e ''Turbo Lover'' vieram na sequência e ambas cantadas em uníssono pelo público. Também não ficaram de fora ''Exciter'', ''Painkiller'', seguidas de um breve intervalo para o bis. Diga-se de passagem, um bis muito bem escolhido ''Hell Bent For Leather'' de 1979 foi a música mais cantada por todos, surpreendentemente. Um refrão super manjado e de fácil resposta do público, que não decepcionou Halford, sempre que pedia a participação do mesmo.
Fecharam com ''Living After Midnight'' e ''You've Got Another Thing Comin''.
Destaque para o entrosamento quase perfeito dos guitarristas Glenn Tipton e KK Downing.
Uma grande noite de metal para os cariocas.