5 de maio de 2008

Chega de caso Isabella!! Hoje tive um ótimo motivo para quebrar o 'silêncio' deste blog. Normalmente tenho vindo aqui só quando há um bom motivo. Não que eu não tenha idéias, muito menos tenha parado de pensar em coisas ao meu redor, mas tenho evitado falar muito e pensar mais. É fase de reflexão. Minhas férias acabaram finalmente e o balanço geral não foi dos piores. Ainda assim, acho bom escrever de vez em quando, para não perder a prática e não ficar enferrujado mediante tantas idéias que vem e que vão.

Despertou-me uma curiosidade enorme a opinião das pessoas sobre as declarações do coordenador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ao dizer "o QI dos baianos é baixo e é por isso que tocam berimbau, porque tem apenas uma corda, pois se tivessem mais cordas, não conseguiriam". Nunca fui fã de berimbau ou de cultura baiana, mas limitar um povo a baixo QI por causa do instrumento que tocam, é algo que foge dos limites de bom senso e da vontade de criar uma polêmica. Ultrapassa a barreira do mal gosto, da ignorância e da limitação da mente humana. Tendo em vista que tal comentário é proveniente de um senhor de idade, que coordena o curso de – pasmem – medicina, me pergunto se o motivo da supracitada universidade, ter sido reprovada pela avaliação do governo, não é causada pela total limitação mental e intelectual de seu referido coordenador.
Depois que a polêmica estourou, ele se defendeu usando um argumento mais idiota ainda do que sua frase anterior: ‘’não sou obrigado a gostar de berimbau’’. Como se eu gostasse. Nem de acarajé eu gosto direito, mas dizer que um povo inteiro é limitado por causa de tão pouco, é fruto de pura incompetência em diversos quesitos por parte desse sujeito, onde ao que tudo indica, não soube ser responsavelmente qualificado para seu cargo. Há um boato que insiste que os alunos que fizeram a prova de avaliação do curso de medicina, boicotaram a prova. Cabe aí a questão: será que essa prova é a melhor maneira de se analisar a capacidade dos futuros profissionais? O vestibular no Brasil, tem se mostrado cada vez mais, algo ultrapassado, questionável e socialmente inadequado. Por que então, não há uma revolução total nas instutuições de ensino, afim de se mudar toda essa bagunça? Diz-se muito, usando um velho clichê, de que o problema do Brasil é a educação. Acho e insisto na tese de que um grande ministro da educação, competente e com idéias sábias, possa ajudar a transformar esse país, num PAÍS.
Meu Deus, quase pareci um certo sujeito lá do Planalto que vive dizendo "nunca na história desse país...". É melhor eu parar por aqui antes que piore.