Pedro Feital

Parada gay domingo, dia 12, dia das crianças, dia religioso para os católicos, haverá procissão em copacabana. A Parada GLS (ou GLBT como alguns chamam) acontece em plena praia de copacabana, com o aval da prefeitura, um típico carnaval fora de época, até aí, nada demais; e será feita - mais uma vez - uma caricatura deles (homossexuais) mesmos. Os héterossexuais vão lá só para rir deles, mas eles adoram isso. Ainda buscam igualdade, respeito e levantam a bandeira da 'criminalização da homofobia'. Por que então existir uma PARADA GLS ? Há uma 'parada hétero'?
Até a sigla por si próprio demonstra isso e já tem sido modificada irresponsavelmente: GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais). A sigla mais conhecida: GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) foi abolida. Passa a idéia que eles não querem simpatizantes ali, mas buscam a criminalização da homofobia. Complexo isso não?

Quero deixar claro, antes que venham vários militantes do movimento GLBT / GLS aqui me xingar, que não sou homofóbico. Muito pelo contrário, respeito as diferenças, desde que a separação dos grupos nessas diferenças, não seja pregada de forma tão apartheid assim.

A inversão de valores é enorme, a criminalização não deveria ser apenas para a homofobia e sim para qualquer travesti abusado e marginalizado (muitas vezes também prostituído, mas favor não confundir os dois) que MANCHA a figura do homossexual discreto, educado, trabalhador, honesto e digno. Opção sexual não é para distinguir, nem separar. E é exatamente isso que essa 'Parada' faz.