27 de março de 2010

Replay

Assistir o Caso Nardoni me fez sentir, como se eu estivesse vendo uma reprise no Supercine (definitivamente não é o tipo de filme que passaria na Sessão da Tarde). É impossível eu não ver ali, semelhanças com o Caso Richtofen. Semelhanças no que diz respeito a comoção popular, a bizarrice do caso e principalmente, ao fato que pessoas de classe média, com alguma condição de pagar advogados, sempre tem - mesmo quando condenados como foram - suas penas reduzidas a um sexto da pena. Réu primário, sem antecedentes, bom comportamento, etc... Alguns passam até por uma pseudo-avaliação psicológica para se saber se o condenado está apto a voltar ao convívio social.
Não culpo nem inocento ninguém, ainda mais quando não participei do julgamento. Eu não fui testemunha de nada, muito menos jurado. Evidências fazem o povo se mobilizar. Evidências não culpam ninguém, a menos que o juri queira que assim seja. É um assunto que realmente vejo tanta coisa errada que não dá nem vontade de começar a falar.
Mais uma vez o Brasil mostrou o quanto falta equilíbrio emocional. Em várias situações que dizem respeito a um todo (leia-se o povo) não vemos ninguém tirando a bunda da cadeira pra lutar por seus direitos cíveis. Quando envolve uma quantidade mínima de pessoas (uma, duas ou três no máximo), vemos pessoas soltando fogos sem ter tido total conhecimento de causa.

3 Falaram

Unknown disse...

muito legal pois é isso mm q penso. Qd eu vi os dois voltando pr cadeia eu senti muita tristeza, pq eles vão perder pelo menos 10 anos dentro da cadeia.Se eles são culpados ou não tenho minhas dúvidas apesar de tudo estar contra eles, a única certeza q tenho é q se eles pudessem voltar 1 minuto antes do acontecido eles fariam tudo diferente. O q aconteceu realmente , ninguém sabe, pois a única pessoa q sabe de tudo morreu.Aí só nos resta lamentar pelo os q estão aqui q vão pagar por um erro q cometeram ou não.isto é muito triste.........

Rafael Fracacio disse...

A mãe da menina citou: "'A justiça está feita, mas Isabella não vai voltar". É fato. Me lembro (ainda que vagamente) que as evidências levavam a crer que os suspeitos eram culpados. Mesmo assim, condenar sem provas contundentes, um possível inocente é muito mais duro que condenar um provável culpado.
Mas, enfim... Num país de curta memória, em pleno ano eleitoral, fazer da opinião pública uma comoção sobre um crime brutal um grande reality show (nunca um julgamento foi tão focado pelas mídias, no Brasil), é somente mais um paliativo para ocultar outros diversos problemas muito maiores, mas que não chegam aos ouvidos do grande povo. Mas, aí, são outros quinhentos (quinhentos anos de putaria, roubo, sem-vergonhice...)

N. Maria disse...

Tudo igual, todo mundo estava muito mais preocupado em julgar o Gay X o Homofobico (DiCesar X Dourado). é esse o país em que vivemos!

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