25 de janeiro de 2007

Chega uma hora na vida, que a gente desanima em relação a quase tudo. O que nos prende no mundo dos vivos, acaba sendo o mais forte de nossos estímulos ou sonhos. Muitas vezes eles podem ser reservados, dependendo de pessoa para pessoa. Numa cidade onde saímos de casa sem saber se voltaremos no fim do dia, se veremos as pessoas que amamos novamente, sem sabermos se o dia de amanhã nos reserva uma triste desgraça ou uma inesperada alegria, nós acabamos nos acostumando com essa idéia. O costume é tanto, que passamos a achar normalíssimo perder um amigo ou parente querido num ato de violência. Isso banaliza a vida, vulgariza a morte, desvaloriza os sentimentos e alimenta uma alienação.
O que me mantém em pé hoje, não chega a ser meus joelhos exatamente, pois um deles não está muito confiável (piadinha infame). Minha vontade de sair de manhã cedo de casa para trabalhar é simplesmente a vontade de ter sucesso na realização do maior objetivo da minha vida: voltar a jogar basket. Nunca fui um atleta nato, porém, privar-me de fazer o que mais gosto, é um pecado capital, é um crime para comigo mesmo. Revi o filme Coração Valente outro dia, onde uma frase de William Wallace me fez reforçar ainda mais a minha força de vontade atual: "todo homem morre, mas nem todo homem vive". Eu quero e muito viver.
Num momento único da minha vida, onde Murphy chegou às vias de me esquecer por um tempo e dar uma trégua à minha tão maltratada sorte, só me resta esperar que todos os sinais de melhora reflitam na minha vida, um significativo resultado. A luta é isso, a vida é isso. Sem essa de "a luta continua companheiro", pois quando se espera que ela continue, é porque você já cogitou pará-la. A minha durará mais de 1 ano e meio.
Que a Força esteja com você, Pedro!

Fala que eu te escuto

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