17 de julho de 2009

Pirataria NÃO. Compartilhamento SIM.

Mais uma vez eu levanto a bandeira pró-download aqui nesse blog. Sustento essa idéia não é a toa, sendo eu um downloadeador (quem 'baixa' conteúdo na internet) compulsivo de filmes e música. Minha idéia, enquanto downloadeador, é reforçada por ter total consciência tranquila, de que nada daquilo que a RIAA - Recording Industry Association of America (R.I.A.A.ou RIAA) (em português " Associação da Indústria de Gravação da América") tenta proteger inutilmente da pirataria mundial, é razão para se preocupar comigo e pessoas que pura e simplesmente fazem downloads.

Essa semana mesmo, no jornal O Globo, uma matéria mostrava um advogado comprando um dvd pirata.
- É um absurdo que um DVD como esse custe R$ 40 numa loja. Sei que há a questão da sonegação de impostos, mas a gente nem sabe se eles vão ser aplicados direito pelo governo. É, estou dando um desfalque no Rei - reconhece o profissional da lei.

Mais absurdo ainda é esse sujeito pagar R$ 10 no piratão ali da esquina. Duvido demais que esse mesmo sujeito não tenha uma boa conexão de internet em casa, que não possa baixar o dvd desejado e, melhor ainda, não alimentar a indústria criminosa da pirataria, que lucra com os direitos autorais alheios.
Muitos virão dizer que os downloadeadores estão tão errados quanto o consumidor de produtos piratas, mas o primeiro não burla um preço para pagar mais barato, até porque ele não compraria mesmo. O segundo está colaborando para uma máfia, onde tira-se emprego de 6 profissionais legais da industria audiovisual, para cada Capitão Gancho em cada esquina.

Download de conteúdo em geral na internet é uma realidade e fugir disso é utópico e/ou inocente demais. Compartilhando esse conteúdo, cada uploader (o responsável por 'colocar' esse conteúdo na internet) está fazendo o mesmo que se fazia antigamente ao emprestar fita K7 ou um LP a um amigo. Livros também costumam ser emprestados, assim como filmes, fossem em VHS ou mais recentes formas de mídia como DVD (até mesmo no atualíssimo formato blue-ray já há conteúdo disponível para download em toda a rede). O cara que não iria de qualquer jeito comprar o produto original na loja, tem o direito de compartilhar (leia-se emprestar) a obra artística - seja ela qual mídia for - para quem ele bem entender.
Minha realidade financeira e de muita gente que coheço, não permite-nos comprar um DVD original na loja por R$ 40 ou R$60. Pessoas assim não afetam essa indústria. Isso ninguém abriu os olhos para querer enxergar.

Até mesmo artistas que eu esperava ter uma mente mais preparada para a modernidade óbvia, chegam a ter idéias verdadeiramente medievais sobre o assunto. Vide a asneira que o guitarrista Slash (clique aqui para ler) disparou recentemente sobre um blogueiro que disponibilizava músicas do Guns 'n Roses para quem quisesse baixá-las.

Quem usa internet há pelo menos 1 semana e nunca baixou nada, que atire a primeira pedra.

4 Falaram

Cadu disse...

Gordo, o copyright está na falência. Eles já aceitaram que a indústria mudou e agora tentam colher os últimos frutos dessas era. O download já substituiu a mídia física, coisa que jamais acontecera, nem na transição VINIL-CD. O padrão mudou, e está ganhando mais dinheiro quem olha pra frente, e não pra trás. Temos cases excelentes, como o daquela banda que disponibilizou seu CD a preços de doação. Você baixava por quanto quisesse pagar. Curiosos davam 1 dollar, fãs davam 100. No final o custo todo se pagou e ainda deu lucro pro próximo álbum. A oligarquia acabou. Cada um que tem um PC pode ser um grande Selo, e porque não?! Viva a internet, produto da nossa era. Fodam-se os velhos. Vamos fazer dinheiro com o que temos!

Anônimo disse...

Não acho que emprestar é o mesmo que compartilhar uma música baixada. Pois isso está multiplicando a música. Ela não vai voltar para você depois, em unidade. (Só um primeiro OBS).

Eu gostei muito do que a Zélia Duncan falou no palo MPB sobre. Não lembro as palavras exatas, mas ela disse que ninguém deve ver a internet como vilã, nem tentar fugir. Mas que o trabalho dos artistas que gravam o disco deve, sim, ser remunerado de alguma forma. Só show não é desculpa, até porque muitas vezes não são os mesmos músicos que tocam. Ela disse que no exterior a música vende mais pela internet do que aqui, que o problema é muito pior aqui. (Claro, é Brasil). Alguma solução tem que ser encontrada, nem que o consumidor pague o quanto quiser, como foi no disco do Radiohead.

Beijos!

Anônimo disse...

Afinal de contas, a música dos artistas que você ama não vale nada? Se vale, temos que pagar. Ser compositor, músico, cantor, é uma profissão igual as outras e merece ser respeitada.

Anônimo disse...

Aqui é o Helleno cara, isso mesmo, fiz um vídeo sacaneando o senador azeredo por causa disso, depois se quiser ver, é só pedir haha

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