26 de dezembro de 2003

Sofram Malditos!!

Povinho maldito esse brasileiro. Merecemos sofrer mesmo, ficar sem emprego, sem saúde e tomarmos bala perdida nos córnios toda hora. Não me excluo dessa, pois de nascimento, infelizmente também sou brasileiro.

Como pode existir um povo tão mal educado como esse? Você compra antecipadamente um ingresso para ver um filme que estava ansiosamente esperando estrear, chega no cinema com 30 minutos de antecedência da sessão, acaba se deparando com uma fila que te revela que "você é o último" dela e ao entrar na sala do cinema, qual não é a surpresa ao ver que todos os lugares estão tomados. Não, a culpa não foi da administração do cinema de ter vendido mais ingressos do que a sala comporta (não foi isso que ocorreu). A culpa também não foi das pessoas que chegaram exageradamente antecidapas, afinal de contas, todas elas, se chegaram mais cedo, estavam mais interessadas em ver o filme do que você. A culpa sim é da falta de educação das pessoas que guardam lugares para grupos de até 3 ou 4 pessoas enquanto esses compram refrigerantes e guloseimas típicas de cinema.

Povo maldito. Tiveram tempo de sobra para isso antes, mas o típico brasileiro é metido a malandro. Carioca então, nem se fala. É metido a "ixperto".

Nesse nosso país, é assim mesmo que as coisas funcionam. Um malandro dali passa a fila no trânsito na frente dos outros, enquanto um que se acha mais inteligente, fura fila (seja do banco ou da entradas de algum evento) com o auxílio de um conhecido ali pertinho de onde um "carioca ixperto" resolveu morrer numa grana para o PM (também esperto, pois ele ganha mal coitadinho ) por estar com documentação ilegal ou pior ainda, não ter habilitação (este acha otário quem gasta dinheiro para auto-escola, exames de direção e etc, só para ter o direito legal de dirigir).

Ainda tem gente que me acha revoltado e que eu deveria ser mais brasileiro. Dia desses um amigo me contou a história famosa do beija-flor na floresta (aquele que tentava apagar o incêndio jogando o pouquinho de água que seu biquinho permitia, enquanto os outros fugiam) como exemplo de cidadania, de que cada um deveria fazer sua parte. Eu faço a minha, mas a partir do momento em que o fato de alguém não fazer a dele, começa a me afetar, aí sim eu tenho que ser um desgraçado revoltado e odiar esse maldito povo brasileiro.

Bem, no mais, continuem fazendo o papel do beija-flor.

Fala que eu te escuto

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