4 de dezembro de 2004

Atrasadíssimo, mas lá vai. Melhor tarde do que nunca. Ainda mais em se tratando de Nightwish. Eu não poderia deixar de falar sobre o show de terça-feira no Canecão.


Para não criar muita polêmica (algo que eu tenho feito muito aqui nesse blog), resolvi dividir o review do show em duas partes. Na verdade, dois pontos de vista possíveis.

1º Ponto de vista possível.

Esse é o ponto de vista que eu tive assim que saí do Canecão. Daquele sujeito que é fã de uma banda e diz "Que showzaço". Sim, a performance da banda foi sensacional. Todos estão com uma postura e uma presença de palco muito superiores do que há 2 anos atrás, quando fizeram a última turnê pelo Brasil. Tarja está parecendo uma headbanger, balançando o cabelo, dançando, agitando o público e falando mais entre uma música e outra. Marco, o baixista, está quase um frontman no que diz respeito ao carisma. Sua voz é digna de qualquer bom vocalista de banda de metal de hoje em dia e seus duetos com Tarja foram muito bons. O resto da banda, não deixa a desejar nem um pouco. O tecladista Tuomas rege a banda quase como um maestro. Emmpu, o anão da guitarra mais parece um hobbit feliz por estar tocando numa grande banda, do que um guitarrista virtuoso como são os guitarristas de bandas de metal. Jukka, o baterista faz o seu papel e mais um pouco lá atrás. Precisão e pique perfeitos. Resumindo, uma banda competende e talentosa por um todo.

2º Ponto de vista possível.

Sem dúvida alguma o set list. Acredito que 80% do público não notou e nem se importou com a ausência de músicas dos dois primeiros álbums da banda. Mas nesse 2º ponto de vista possível, é quase óbvio que é um crime deixar de fora os clássicos "Elvenpath" e "Sacrament of Wilderness". Inclusive, seria uma idéia maravilhosa permitir um dueto de Tarja e Marco em "Beaty and The Beast", outro clássico que, misteriosamente, foi retirado do repertório dos shows atuais, justamente hoje em dia que a banda conta com uma voz masculina para poder executar essa música como manda o figurino. Os covers "Symphony of Destruction" (Megadeth) e "Phantom of The Opera" (do musical homônimo) não deixaram a desejar, mas insisto na presença de músicas antigas. Nenhum dinossauro do rock abandona as músicas antigas completamente. Como pode então, uma banda com apenas 5 álbuns lançados, abrir mão de um repertório mais conhecido dos fãs antigos e se deixar levar pela preferência e sucesso que o público deu ao álbum novo?! Difícil compreender. Ainda mais para um fã antigo como eu.

Considerações Finais.

É o show de uma banda que te deixa com o gostinho de "quero mais", independente dos pontos positivos ou negativos. É uma banda que um fã está sempre emocionado ao vê-la na sua frente, por sua energia, inovação (nem tão nova assim mais hoje em dia) e por músicas que aprendemos a amar.

Abraços a todos e fiquem com Deus.
PAZ!!!

Fala que eu te escuto

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