Se tem alguém que foi diretamente responsável para me fazer amar a música, esse alguém foi Michael Jackson. Lá no comecinho, bem comecinho, com Jackson 5, eu não era nem nascido. Comecei a ouví-lo em 1992, quando ele lançou o álbum Dangerous, com clipes passando, acreditem, no Fantástico e até mesmo no Jornal Nacional. O lançamento do clipe de Black or White, foi histórico, sem economia de efeitos especiais e com uma divulgação que até hoje não me lembro de ter visto igual. Estranho seria se já não estivéssemos falando do mesmo cara que quase 10 anos antes lançou Thriller, o maior clipe de todos os tempos, com 14 minutos de duração e superprodução pros padrões da época.
Michael Jackson sempre gostou de excentricidades. Foi o primeiro grande cantor negro a abdicar de todas as naturezas de sua cor, não somente esteticamente, mas comportamental. Seu pop funkeado do início de carreira sumiu para dar lugar a canções pop, que praticamente obrigavam a virar hits, hora dançantes, hora românticas. Mais tarde ele começou a se preocupar com a natureza, o mundo e as crianças. Suas músicas falavam de temas mais filosóficos, o que fez ele vender menos discos, mas Michael nem parecia se importar.
Marcou uma turnê de despedida que se chamaria This is It (música que ele gravou muitos anos antes com Paul Anka, autor de My Way, clássico imortalizado nas vozes de Elvis Presley e Frank Sinatra). Meses de ensaio e infelizmente, sua morte veio antes do show se concretizar. A turnê nem estreiou.
Dizem que já faz 1 ano. Nem sei a data da morte dele, nem me dei o trabalho de pesquisar. Isso não é importante agora. Só sinto como se fosse ontem, o choque da morte de um ícone, que tanto foi importante no desenvolvimento do meu gosto musical. O consciente humano não consegue assimilar direito que certos ícones mundiais são mortais como nós. Nos causa estranheza.
Nada disso, no fundo, importa muito, nem mesmo a morte de Michael Jackson. Sua obra está imortalizada, seja nos discos que cada fã comprou, nas mp3 que muitos baixaram (muita gente apenas pra conhecer a obra após a morte dele e saber ''quem é esse cara que falam tanto?'') ou nos eternos videoclipes que produziu.
Polêmicas?! A essa altura do campeonato, lembrar apenas delas, é muita pobreza de espírito.
Para esses pobres de espírito, vai o video abaixo:
Fliis - Boa musica continua - Repostando
Há 10 anos