16 de maio de 2003

Ainda falando do novo álbum do Iron Maiden, primeiramente comentarei sobre o álbum todo em um contexto geral, para em seguida, resenhar faixa a faixa.
Nota-se claramente após ouvir as 3 ou 4 primeiras músicas, que a banda está fazendo jus ao fato de ter 3 guitarristas, usando as 3 em praticamente todos os momentos, principalmente na faixa-título.
Nicko está mais progressivo no comando da bateria do Maiden, que sempre foi cavalar, percebi uma vontade dele de tentar variar um pouco, principalmente em relação aos últimos álbuns de estúdio da banda.
Bruce é um caso à parte. Bruce Dickinson é difícil criticar. Titânica é como a voz dele se encontra hoje em dia. Dá gosto de ouvir aqueles gritos "à lá Aces High", como nos velhos tempos.
Steve Harris, o mestre musical do sexteto, merece apenas um parabéns. Tocando o seu baixo, ele foi o único que não inovou muito e seguiu a linha "em time que está ganhando não se mexe". Compôs essas 11 novas músicas com coragem de fazer algo diferente, sem mudar a espinha dorsal do som da banda.

Faixa a faixa...

Wildest Dream - música pouco inspirada, Foi feita para abrir o cd e talvez com o intuito de abrir os shows também. A única parte fraca realmente de todo o álbum.
Rainmaker - a introdução parece trilha sonora do antigo joguinho de videogame Mega-Man. Soa futurista, mas tem uma ótima pegada. Um solo respeitoso e Bruce parece estar começando a querer cantar nesse cd. Na anterior, ele parecia com preguiça.
No More Lies - agora sim um refrão que lembra os bons tempos. Aquele refrão que não vai sair da cabeça durante um bom tempo. Boa música.
Montsegur - a mais pesada. Um solo com os 3 guitarristas trabalhando muito. Steve Harris resolveu colocar os 3 pra suar ao fazer essa música.
Dance of Death - com certeza a melhor das 11. A faixa-título que o Maiden estava precisando compor desde "Fear Of The Dark".
Gates of Tomorrow - a partir dessa música o álbum começa a soar estranho para um antigo fã da banda, mas nem por isso é ruim. Muito pelo contrário. É diferente, mas surpreende. Com um vocal duplicado nos versos. Até agora não sei se a segunda voz é do Bruce ou do Adrian Smith. Se alguem descobrir, me avise.
New Frontier - 18 anos para o cara fazer a primeira dele. Realmente Nicko McBrain não decepcionou. Pegada forte, com um bom rif duplo.
Paschendale - melancólica e pesada ao mesmo tempo. Sim, isso é possível. O solo dela é a parte mais provavelmente influenciada pelo rock progressivo. Lembra o Pink Floyd tocando nas ruínas de Pompéia.
Face in The Sand - começa lembrando o legendário álbum "Seventhe Son of a Seventh Son", principalmente por ela ter uma ligação com a faixa-título, mas logo se torna progressiva, com direito a orquestrações do começo ao fim.
Age of Innocence - uma melodia muito alegre em comparação às outras, boas passagens pesadas e principalmente inovadoras. Mais um solo no melhor estilo do Maiden, com Dave e Janick se revezando.
Journeyman - diferente de tudo que o Iron Maiden já tenha feito em mais 25 anos de banda. Acho que meus pais vão gostar dessa música., e os seus idem.

Nota 9,5 para o álbum em geral. Não fica com o 10 por causa da faixa de abertura. Vale muitíssimo a pena ser comprado por quem gosta de rock feito com qualidade, competência e principalmente, coragem de se experimentar tanto.

Fala que eu te escuto

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