4 de junho de 2004

Muito o que pensar, muito mais para repensar. É assim que tenho visto tudo. Talvez por um capricho do destino, só me dá vontade no momento, de falar sobre um assunto parecidíssimo com o do último post.

Andei vendo notícias estarrecedoras nos jornais, nos últimos 3 dias. A primeira sobre um "escândalo" na morte de presos em Benfica. Sinceramente, do meu ponto de vista, morreram até poucos (podem me chamar de desumano, radical, do que for) presos. Que falta faria uns 30 a mais ? Só 30 (fala-se em 38)? Muito pouco. Isso é uma praga igual insetos que a gente mata, extermina, porém, continuam surgindo mais e mais em todo canto.
Um amigo meu até chegou a me dizer "Do que adianta morrer um bandido lá na cadeia e deixar 5 filhos revoltados, que vão querer vingar o pai?!", talvez até concordasse com essa tese, se não fosse pela altíssima probabilidade de que esses 5 hipotéticos filhos virem bandidos iguais ao pai, somando-se 6 bandidos no total. Portanto, morrendo o pai, passamos a ter "somente" 5 vivos. Chacinas como essa e o Carandiru, são necessárias para o bem-estar das pessoas de bem. Se são humanos, se possuem o mesmo código genético que eu, não sei e tenho raiva de quem sabe. O que me importa é que eu sobreviva nessa jungle. Antes a gente, do que eles, certo ?

A segunda notícia é mais ou menos parecida e também envolve uma palhaçada (desculpem-me, não encontrei termo melhor, caso tenham um, deixem-no nos comentários, mas talvez não encontrem esse termo depois que continuarem lendo adiante) criada pela "justiça" brasileira. Um sujeito entra num shopping, vai ao cinema completamente cheirado de cocaína, puxa uma arma e mata várias pessoas. Isso aconteceu em 99. O sujeito foi condenado ontem a 120 anos de prisão, já cumpriu 4 anos e meio, porém a nossa supracitada "justiça" e nossa Legislação, só permite que ele fique preso durante 30 anos. Resumindo, ele matou várias pessoas (me fugiu agora o número de vítimas, mas lembro que foram pelo menos 3), para daqui 25 anos e meio estar livre, convivendo comigo, com você, com os flhos de nossa geração. Um sujeito completamente desequilibrado, perigoso e incompatível para conviver com pessoas de bem, as mesmas pessoas de bem que exemplifiquei sobre a primeira notícia.

É uma pena, mas estamos imobilizados, impotentes, sem nenhuma perspectiva de melhora. Hoje inclusive, tenho achado que nem o voto pode mudar isso. Já temos uma podridão instalada, desenvolvida e crescente. É como ter uma casa de madeira infestada de cupins. É mais inteligente demolir a casa, construindo outra no lugar. Claro que em se tratando de Brasil, isso é um tremendo caso à parte. Sorte para nós.

Amanhã volto a falar de música, como de costume após um apocalíptico post como esse. É uma atitude bem mais conveniente e sábia falar de Rock n´Roll e é isso que interessa.

Abraços a todos e fiquem com Deus.

Fala que eu te escuto

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