29 de janeiro de 2004

Tive meu PC infectado pelo verme (sim, especialistas o chamaram de verme e não de vírus) MyDoom. O mesmo que já infectou 500 mil PC´s pelo mundo nas últimas 48 horas.
Nisso que dá não ouvir conselho de mãe (sim, eu tenho uma mãe que sabe muito de informática) que me disse para nunca abrir anexos, nem se no remetente constasse como sendo ela (minha mãe), principalmente se estes anexos forem de algumas extensões específicas como *.exe , *.zip e etc.

Isso, é claro, não é desculpa para o vergonhoso lapso de tempo que fiquei sem escrever aqui. Não foi tão vergonhoso assim, pois meus leitores já se acostumaram com isso faz muito tempo. Nem justifica eu ter começado esse post falando de informática, um assunto que eu abomino. Justificaria sim, se eu dissesse que estou de saco cheio desse maldito computor. Muito lento, toda a vida lento, enche o saco. Mas isso está prestes a ser mudado. Afinal, nenhum ser vivo normal merece ter que esperar fechar TODOS os programas para ouvir uma mp3 decentemente sem travar. Um Pentium 4 vem por aí. Espero que tudo dê certo.

Quero falar agora de Cidade de Deus. Não do meu bairro/favela vizinho, mas sim do filme que foi indicado, PASMEM, para quatro categorias do Oscar, incluindo direção (Fernando Meirelles). Sensacional!! É verdade que nunca gostei de filme de bandido, de favela, de periferia, enfim, filme de pobre. Mas "Cidade de Deus" foi um caso diferente. Eu vi casos reais, sem um pingo de ficção. Está bem, está bem, é verdade que muitos dos colegas que tenho lá dentro dessa favela dizem que a história do filme é meio distorcida. Isso não vem ao caso, afinal quem garante que existiu Jack e Rose na verdadeira história do Titanic ? E ele foram os responsáveis mais diretos pelo estopim do sucesso do filme. Não foi diferente em Cidade de Deus, com personagens muito bem elaborados, como foi o caso do famoso chefe da boca do tráfico "Zé Pequeno". Quem não lembra da antológica cena do filme em que ele diz "...quem disse que a boca é tua rapá ?" . Se eu acho legal ou carismático o personagem ? Longe de mim achar isso. Somente aposto que chegou a hora de um filme - principalmente brasileiro - ter um reconhecimento contando uma história feia. Não é só de Titanic´s que a indústria cinematográfica deve se sustentar. A Lista de Schindler provou isso. Quer coisa mais triste do que ver 4 milhões de judeus sendo mortos em pouco mais de 3 horas de filme? Venceu o Oscar com merecimento coroando uma carreira brilhante do diretor Steven Spielberg, que até então era famoso apenas por seus filmes de fantasia típica hollywoodiana, como E.T. , De Volta Para O Futuro, Indiana Jones e Jurassic Park.

Deixei o recado? Espero que sim. Que seja antes que digam que não dou valor ao que é brasileiro. Dou sim. Estou provando isso agora e minhas ideologias em relação ao Brasil são outras e posso vir a falar disso num post futuro.

Abraços a todos e... que a força esteja com vocês!!

22 de janeiro de 2004

Hoje vou dar umas rapidinhas. (ops) Calma!! É no bom sentido. Ahh, o outro sentido também é bom, aliás, muito bom.

Começando:

* Preciso fazer um passeio ao Pão de Açúcar urgente!! (é, essa foi rapidinha mesmo)

* O Robinho não deveria ter sido substituído ontem contra a Argentina no torneio pré-olímpico. O técnico Ricardo Gomes errou. Olha que eu não sou muito fã desse garoto, mas ele jogou direitinho. (eu hein, eu falando de futebol ? bizarro! )

* Esse carnaval não vai ter nenhum filme bom para alugar na locadora. É período de entressafra em Hollywood. Preciso elaborar um plano B. (outra rapidinha)

* Por que as mulheres insistem em serem misteriosas e ainda por cima reclamam que os homens não as entendem ? Não estou sozinho nisso. Freud, o pai da psicanálise, também pensava assim. (momento de reflexão... pronto, refletiu ? leia a próxima então)

* Por que crianças gritam? Seria por que os Mamonas Assassinas morreram ou porque penico de barro não enferruja ? (bleh)

Isso é para - de uma vez por todas - não reclamarem quando fico muito tempo sem atualizar o blog. Falta de assunto é algo terrível.

Abraços a todos e fiquem com Deus.

18 de janeiro de 2004

Rio de Janeiro, dia 16 de janeiro. Despertador marcado para tocar às 9 horas da manhã. Café rápido e leve, banho e passada no banco para tirar dinheiro. Chegada no shopping Via Parque (entrada do Claro Hall) às 10:05. Chuva às 14 horas, durando até às 15 horas aproximadamente. Capa de chuva por R$ 5,00. Tênis e roupa já encharcados.

19 horas, abertura dos portões do Claro Hall. Ar condicionado gelado. Multidão se espremendo em uma fila gigante que ia de um lado ao outro do estacionamento do shopping. Realmente, a Cidade Maravilhosa fez bonito mais uma vez. Entrada no Claro Hall, empurra-empurra infinito e incansável por parte dos lunáticos e eufóricos fãs da maior banda de heavy metal do mundo.

Pude ainda conhecer uma nova forma de me divertir em filas de shows. A memorável ''tree-jump'', que consiste em se auto-arremessar na direção de um arbusto. Nada mais Beavis & Butt-Head do que isso.

Um abraço para o Rudy, Leandro e Rossana, por terem tornado as difíceis e ansiosas horas de espera um pouco mais divertidas. Aos novos colegas paulistas, também presentes nessa fila do Rio, aguardem, pois citarei vocês um pouco mais à frente.

Show da banda de abertura Heaven Falls com início às 20:30 pontualmente (foram mais pontuais do que os britânicos da noite). Cover do Ozzy (''Perry Mason'') e músicas do único cd da banda, num show pequeno de pouco mais de meia-hora.

Luzes apagadas. Sinfonia clássica. Cenário sendo revelado em meio à histeria coletiva de 8 mil pessoas. Começa o momento tão esperado. Eu, é claro, estava na grade, colado, na política do ''daqui não saio, daqui ninguém me tira''. E muitas, muitas, talvez centenas de pessoas ali, se espremendo num espaço que contrariava as leis da física, tentando fazerem o mesmo que eu: lutarem pelo seu lugar na frente.

Set list perfeito, sem erros, ou exageros, nem pecados imperdoáveis. Início avassalador com a nova ''Wildest Dream'', seguida do clássico ''Wrathchild'' e da maior surpresa do set list, a quase esquecida pelo tempo (apenas pela banda e não pelos fãs) ''Can I Play With Madness'', o que provou que ela não estava tão esquecida assim. Antes de ''The Tropper'', um momento inusitado: a pele do bumbo da bateria arrebentou, tamanha a delicadeza que seu ''piloto'' a utilizava. Um trabalho digno de equipe de Fórmula 1 por parte do roaddie, que mereceu palmas de todos. Nesse meio tempo, Bruce Dickinson e Nicko McBrain começaram umas brincadeiras no palco para não ficarem entediados. Steve Harris, arremessou a pele do bumbo estourada para o público, como se fosse um frisbie.

Logo após isso tudo, o show retoma seu set list de onde havia parado. ''Dance of Death'' seria a próxima pancada no coração, olhos e ouvidos de todos que estavam ali, para ver que uma banda, que se dá ao luxo de, mesmo após 25 anos de carreira, lançar um novo disco, e poucos meses depois, ter músicas desse disco na ponta da língua do público, é algo que faz a banda merecer o título de a maior banda de heavy metal do mundo.
Claro que não faltaram clássicos como ''Hallowed be Thy Name'', ''The Number of The Beast'', ''Run To The Hills'', a recente ''Brave New World'' e a óbvia ''Fear of The Dark''.
No bis, a execução perfeita e inesperada de ''Journeyman'', com Dave, Janick e Adrian sentados em banquinhos com violões a tira-colo e Steve com seu baixo acústico (baixolão para os mais íntimos) em pé. Nessa hora, Bruce aproveitou para fazer um discurso em que termina dizendo ''Sempre voltaremos ao Brasil e quando dissermos que iremos tocar aqui, não cancelaremos nosso show'', em óbvia referência ao Metallica. O público entendeu no ato e puxou um coro ''Ei Metallica, vai tomar...'', que aparentemente, nem precisou ser traduzido para a banda.

Mas foi no hino da banda ''Iron Maiden'', que me aconteceu a coisa mais inusitada da noite. Eu chorei num show do Iron Maiden. Não tenho vergonha de dizer isso. Tudo porque tinha acabado de ver o Eddie mais fantástico que já tinha visto em 10 anos como fã da banda. Bizarro!!

No fim, garanti a minha baqueta, personalizada e com marcas de uso do Sr. Nicko McBrain, tendo esta sido arremessada para o público, o que necessitou uma briga incansável de minha parte para ganhá-la. Umas 12 mãos tentavam se apoderar dela como se fosse um prêmio, mas desde o começo, ela estava na minha mão. Só precisei ser ''um pouco grosso'' para conseguí-la.

Durante sua estadia no Rio, a banda ainda foi até a churrascaria Porcão na Barra, se encheram de picanha e vinho francês. Bem humorados ainda fizeram uma canja no bar da casa.

Minha volta para casa e um merecido banho após ter gasto quase R$ 40,00 durante o dia/noite todo com bebidas (apenas). Afinal de contas, uma desidratação seria inevitável, tendo em vista meu atual estado físico.

Um banho, ida ao aeroporto às 3 da manhã, com embarque marcado para 4:40...

São Paulo, 17 de janeiro. Chegada em São Paulo às 5:55. Café reforçado às 6:20 com sanduíche de lingüiça e mostarda preta, mais um copo de pão de queijo e uma coca 600 ml.

Chegada da minha amiga-guia Sheilla às 7 horas da manhã no aeroporto de Congonhas. Ida ao apê dela, descanço curto, relaxamento... silêncio.

Chegada ao Estádio do Pacaembu... Ops, mentira. Chegada à fila do Estádio do Pacaembu às 8:40. Fila esta gigante, levando-se em consideração os mais de 42 mil ingressos postos à venda praticamente esgotados na véspera. Sol, tumultos mais do que convencionais na fila e muita, muita sujeira no chão. O fedor de urina (urina é feio, é mijo mesmo) era insuportável no começo, mas de fácil adaptação. Cerveja ? Só Kaiser e olhe lá, agradecendo a Deus por ter comprado por R$ 2,00. Por volta de 11 horas, encontro com meus novos amigos paulistas que conhecera na fila do show do Rio. A famosa rixa entre paulistas e cariocas foi desmentida dessa vez. Os caras me trataram super bem e até brincaram dizendo que existe carioca gente boa e que curta metal.

Um abraço para todos vocês: Bisão, Curió, meu xará Pedro e ao também carioca (e por coincidência também de Jacarepaguá) Vinícius. Se esqueci de alguém, desculpe.

Abertura dos portões às 17 horas. Expectativa pela consagrada banda de abertura Shaman. Início às 20:30 aproximadamente. Show normalíssimo e rotineiro sem nenhuma novidade do quarteto paulista, com set list baseado no único disco da banda até hoje, incuindo um cover do Ozzy ("No More Tears''), com desfecho do clássico do Angra ''Carry On'', que de costume foi bem melhor do que o Angra hoje em dia. Ótima escolha para abrir um espetáculo desse porte, como é um show do Iron.

Pergunta que não quer calar: por que diabos eles ainda não se trancaram num estúdio para gravação/composição do novo cd?

Começo, dessa vez, pontual da Donzela de Ferro às 21:30. Set list idêntico ao da noite anterior, com mudança na ordem de algumas músicas e de dois telões posicionados lateralmente ao palco. Sem contar que "Hallowed Be Thy Name" foi recebida com uma certa idolatria e fanatismo por todos, diferente do que aconteceu no Rio. A agitação era muita e, às vezes, passava dos limites de segurança. Foi quando Bruce, logo após "Can I Play With Madness", deu uma bronca no público, sem falar uma palavra em português, pedindo para que parassem com o empurra-empurra na frente do palco, contra o pessoal que estava na grade: "Stop the fuckin pushing !!!".

Mais uma vez, o coro anti-Metallica foi unanimidade, fazendo com que Bruce até brincasse, fazendo uma batida no microfone enquanto o pessoal gritava "Ei, Metallica, vai tomar..." . Terminando com o já costumeiro festival de baquetas, munhequeiras e palhetas sendo arremessadas para o público no fim do show. Peculiaridade? Poucas. Um cara invadiu o palco, deu um abraço no Bruce e vazou. Fora isso ''apenas'' o show da melhor banda de heavy metal de todos os tempos.

Volta para casa. Essa foi a hora ruim. Só às 4:40. E ainda eram 1:20 quando eu estava tomando um chicabon para melhorar meu estado deplorável físico-alcólico-mental. Somente às 7:30 da manhã, eu estaria de banho tomado e paquerando a minha cama, mas tratei-a sem pudor nenhum e já fui me jogando em cima sem muito papo.

Certeza de que valeu a pena? Não acredito que eu preciso dizer algo sobre isso. Meus leitores são inteligentes, creio eu.

UP THE IRONS !! (mais do que nunca)

15 de janeiro de 2004

No próximo post haverá um review dos shows do Iron Maiden no Brasil.
Particularmente, minha expectativa é maior em relação à acústica Journeyman, tocada no melhor estilo Caetano Veloso, 3 violões e baixolão, sentados no banquinho... só falta ter perninha cruzada; e com a inclusão de músicas nada habituais num set list da banda.
Que o Eddie me proteja e permita curtir esses momentos com toda a saúde, integridade e disposição possíveis.

A Jornada de um Homem
(Smith / Harris / Dickinson)

Do céu vermelho do leste
Ao pôr do sol no oeste
Nós trapaceamos a morte
E a morte nos trapaceou

Mas isso foi só um sonho
E este é o seu verdadeiro significado:
Nós dormimos e sonharemos para todo o sempre

E os fragmentos permanecem em nossas memórias
E as sombras que fizemos com nossas mãos
Cinza profundo, que veio para lamentar
Todas as cores da alvorada
Será este o ultimo dia da jornada de um homem?

Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim
Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim

Mas as memórias ainda permanecem
Todos os dias do passado não são tão estranhos
Nossa época de inverno é como uma mortalha silenciosa

E no bater do coração de um dia
Que leva a garoa embora
O Inverno não é o único sonho por aqui

Na sua vida você pode escolher a solidão
E as sombras que você constrói com as próprias mãos
Mas se você se virar na direção da luz
Que queima na noite
Então a jornada de um homem terá começado

Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim
Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim

Na sua vida você pode escolher a solidão
E as sombras que você constrói com as próprias mãos
Mas se você se virar na direção da luz
Que queima na noite
Então a jornada de um homem terá começado

Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim
Eu sei o que quero
E eu digo o que quero
E ninguém pode levar isso de mim

14 de janeiro de 2004

Enlouqueci de vez. Era o que faltava...

Já ouviu falar que o ser humano é altamente condicionável? Pois bem, confirmei isso hoje de uma vez por todas.
Tentando usar uma web caam emprestada de um amigo para me distrair um pouco - nunca tinha usado uma antes em mais de 7 anos de internerd - quando me deparo com um pequeno problema, quase imperceptível: as imagens da web caam são processadas com um atraso de mais ou menos uns 20 segundos no meu jurássico computador. Não por culpa da conexão, que é banda larga e não tenho do que reclamar, mas sim por causa de uma lerdeza infindável de processo nas imagens transmitidas pelo PC.
Pois bem, ao desligar a web cam é que notei que eu havia surtado. Tudo que eu fazia, desde tomar um copo d´água, passei a achar que só teria resultado uns 20 segundos depois. Qualquer ação minha demoraria alguns segundos para se tornar realidade.
Definitivamente, considerarei isso um sinal divino para eu não ter a infame idéia de voltar a usar essa camera.

Isso já havia acontecido uma vez comigo, há muitos anos atrás, quando eu estava num hotel com a minha família em Gramado-RS, onde também estavam hospedados alguns argentinos. Nesses dias, por motivo de entretenimento, tentei jogar sinuca com eles, sendo que para isso, algumas palavras (no mínimo) deveriam ser trocadas. Óbvio que por ser minoria, eu tive que me submeter a tentar (sem muito sucesso, é óbvio) aprender algumas coisas em espanhol. Alguns dias depois, eu ainda falava algumas dessas palavras no meu dia-a-dia com pessoas do meu meio de convívio. Surreal demais, já que mais alguns dias depois, eu não lembrava de nenhuma delas.

Chegou o dia em que meu limite de insanidade atingiria seu ápice.

Fiquem com Rá, Jesus, Jah Rastafari, Zeus, Jeová...

UP THE IRONS !! (faltam 2 dias)

11 de janeiro de 2004

O Início de uma Ansiedade

Hoje começa a semana do grande dia do show do Iron Maiden na cidade maravilhosa. Nos últimos dias, algumas notícias me fizeram ficar mais ansioso para o show do que eu já estava antes, entre elas, o set list recheado de clássicos que eles nao tocavam há muitos anos. Falo de "Can I Play With Madness" entre muitos outros. Mas a grande expectativa gira em torno da possibilidade de tocarem uma música acústica. Isso mesmo, com violões e baixo acústico. Esta música está presente no disco novo Dance of Death e eu já comentei sobre ela anteriormente. Só sei que isso é algo inédito em toda a história da banda. Em mais de 25 anos de existencia, nunca gravaram uma música inteiramente acústica, e muito menos, tocaram ela ao vivo. É literalmente, pagar para crer.

Quanto às bandas de abertura, ficamos ao encargo de Shamam, que dispensa apresentações, no show de São Paulo e de Heaven Falls, banda carioca muito competente, que seria melhor ainda se não fosse a vocalista à la Luka-To-Nem-Aí. O CD de estréia deles é muito bem produzido, mas cá entre nós, seria mais interessante e justo, colocarem uma banda com mais estrada para abrir para a melhor banda de heavy metal de todos os tempos. Sugestão: Allegro, Thoten ou Angra.

Ahhhh, só um lembrete, para a galera que criou uma polêmica exatamente do jeito que eu queria em cima do assunto do último post: em momento algum eu torci pelo cancelamento do Hip Hop Manifesta. Apenas não gostei do andamento da coisa e compartilhei a minha opinião com os leitores desse blog. Seria de bom agrado, assim como foi feito, que todos deixassem suas opiniões, por mais divergentes que fossem.

Abraços a todos e fiquem com Maomé, Alá, Buda, Crom, Grayskull...

7 de janeiro de 2004

Já não é a primeira vez que venho aqui falar sobre algo que li no jornal. Certas notícias - como essas que eu leio - me chamam a atenção, por sua compatibilidade com discussões, a respeito dos interesses de vários segmentos da sociedade, mas que sempre envolvem uma polêmica um pouco maior do que a esperada. Desta vez não foi diferente, sendo que exatamente por esse motivo que vou falar, depois de quase 1 ano de blog, de um gênero musical que não seja o rock. Ainda não entendeu nada? Estou falando de um evento que ocorrerá no Rio Centro nessa semana: Hip Hop Manifesta.

Para quem não sabe, trata-se de um evento inédito no Brasil, que envolverá nomes consagrados do hip hop americano e também alguns nacionais. Evento esse organizado por alguns dos empresários mais manjados do cenário playboyzistico carioca, entre eles o global Luciano Huck.

Por que falar sobre hip hop num blog de um cara que nem é muito fã do gênero?

Simples, serão dois dias de evento, o preço do ingresso mais barato custa R$ 40,00 (Pista) ou R$ 70,00 para os dois dias.
Assim, tive uma identificação imediata com um post que publiquei aqui recentemente sobre o preço exorbitante do ingresso do show do Iron Maiden. São generos musicais diferentes, mas a causa dessa discussão é a mesma. A exclusão do público alvo, tendo em vista que o hip hop é originalmente um ritmo de periferia, surgido em comunidades pobres dos grandes centros urbanos e justamente eles, estão sendo excluídos de um evento onde os ídolos deles estarão presentes.

Bem, meu colega de basket, o rapper MV Bill, tem a palavra:

Não vou falar em nome do hip hop, até porque ninguém é autorizado a fazer isso no Brasil. Mas não dá para ser inocente. Esse evento não é apenas um evento, é o inicio de um processo de dominação e exclusão. O primeiro ato é cobrar uma fortuna para entrar e doar farinha para quem não vai poder pagar para ver seus ídolos. Se ninguém consegue ver a violência que está por trás desse discurso, se os movimentos negros e os homens públicos não percebem o que estão cometendo com a história de vida de vários jovens negros de periferias desse país, é porque, infelizmente, a guerra é realmente inevitável.

Fazendo minhas as palavras dele, só posso dizer que seria como vetar o uso de camisas pretas num show de rock. Exclusão é a maior arma anti-cultura que existe. E será que existe forma de cultura mais popular e prazerosa do que música ? Não mesmo !!

Abraços a todos e fiquem com Deus.

UP THE IRONS !! (faltam 9 dias)

1 de janeiro de 2004

O que falar de um ano em que você não tem e nem se importou em fazer alguma previsão? Só sei que é ano de Olipíadas, ano de show do Iron Maiden (o mais caro show de metal da história-120 reais), ano de se trabalhar muito. É isso que nosso presidente pede e deseja para todos nós: trabalho.

"Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar". Essa frase do grande filósofo Seu Madruga, terá de ser deixada de lado nesse ano. Principalmente por mim.

Só precisamos de dinheiro na vida (com ele se consegue saúde, felicidade, sossego e tranquilidade desde que se seja competente), é verdade, mas para isso, precisamos de trabalho. É o único jeito honesto de se ganhar dinheiro garantido. E que cada um de nós, honestos ou não, consigamos um emprego digno. Tendo emprego teremos estabilidade na economia, tudo anda junto, logo, em consequência, virá educação, saúde e segurança. Tudo que o Brasil precisa. Não desgosto desse país a ponto de nao desejar isso, até porque, vivo nele.

Um 2004 com muito metal !!! Ahh, ouçam Lacuna Coil, bandinha que provavelmente inspirou a (agora) famosa Evanescence. Se não inspirou, lembra muito, só que melhor.

UP THE IRONS !! (faltam 15 dias)