10 de dezembro de 2006

"Estou aqui para iniciar uma campanha em massa, e conto com vocês, para BOICOTAR
integralmente o filme americano TURISTAS, que estréia lá em 1o de Dezembro e aqui em Janeiro ou Fevereiro, distribuido pela Paris Filmes.

Para quem não sabe, o filme conta a história de 6 jovens americanos que vêm ao Brasil de férias. Chegando aqui tomam uma caipirinha com 'boa noite cinderela', são
assaltados, sequestrados, torturados e por fim têm os órgãos roubados por traficantes da industria negra dos transplantes. Alguns morrem e mesmo os que
sobrevivem não têm um final feliz. O filme é classificado como TERROR, comparado
ao filme 'O Alberge', e a EMBRATUR já está tão preocupada com a péssima repercussão do filme lá fora que, temendo uma queda brusca na receita do país vinda do turismo internacional, já está preparando campanhas intensas para serem veiculadas lá fora e tentar minimizar os estragos.

Façamos então a nossa parte. Vamos fazer deste absurdo, pelo menos aqui no Brasil, um fracasso total de bilheteria.

NÃO ASSISTAM, NÃO DÊEM $$$ A UMA PRODUÇÃO QUE SÓ VISA DENEGRIR NOSSA IMAGEM.

Só pra se ter uma idéia, o trailer começa com a frase: 'Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer!!!'

Passem essa mensagem para o maior número de pessoas, pois eu considero que seja nossa
obrigação não passar nem na porta dos cinemas que estejam exibindo esse filme.

Obrigada,

..... enviado por Lena."


Depois que li isso, parei para perceber o quanto há gente idiota e hipócrita no mundo, que perde tempo com coisa inútil, ao invés de ir na raiz de um problema, antes de redigir um texto desse.

Sequer paraste, caríssima Lena, para analizar os filmes tipo-exportação que o cinema brasileiro produziu nos últimos anos (vide Cidade de Deus e Carandiru), onde a criminalidade, o sub-mundo pobre sem lei - que é o menor problema desse país - é mostrado em clara e forte impressão de ser uma espécie de marca registrada do Brasil.

Acho uma babaquice boicotar um filme que só retrata a VERDADE. O turista aqui é tratado como lixo. Estamos exportanto filmes como 'Cidade de Deus' e 'Carandiru', depois nos achamos no direito de reclamar da nossa 'imagem ruim' lá fora?

Isso é hipocrisia!! Numa boa pessoa, esse lance de achar que é um crime falar '''Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer!!!'', é a maior história pra boi dormir. Essa Lena vive em que país? Num país onde ninguém é preso, onde o povo elege um presidente semi-analfabeto e onde a corrupção é premiada com reeleição, ao invés de cadeia e cassação?!
Acho que ela vive na Região Sul, onde as pessoas são um pouco menos piores em relação à consciencia política e social. Onde o povo é um povo de melhor qualidade. Me perdoem os moradores do norte, nordeste, centro-oeste e sudeste (onde me incluo), mas deixamos muito a desejar em relação aos sulistas. Por isso mesmo que eles queriam a emancipação, apesar de terem errado nesse ponto.

Infelizmente o Brasil é um ''país que vale tudo'' sim.
Lamentável ter que admitir isso.

Realmente só aceito que Srta. Lena seja sulista. Não consigo crer no contrário.
Antes de eu comentar algo, leiam, por favor:


"Estou aqui para iniciar uma campanha em massa, e conto com vocês, para BOICOTAR
integralmente o filme americano TURISTAS, que estréia lá em 1o de Dezembro e aqui em Janeiro ou Fevereiro, distribuido pela Paris Filmes.


Para quem não sabe, o filme conta a história de 6 jovens americanos que vêm ao Brasil de férias. Chegando aqui tomam uma caipirinha com 'boa noite cinderela', são assaltados, sequestrados, torturados e por fim têm os órgãos roubados por traficantes da industria negra dos transplantes. Alguns morrem e mesmo os que sobrevivem não têm um final feliz. O filme é classificado como TERROR, comparado ao filme 'O Alberge', e a EMBRATUR já está tão preocupada com a péssima repercussão do filme lá fora que, temendo uma queda brusca na receita do país vinda do turismo internacional, já está preparando campanhas intensas para serem veiculadas lá fora e tentar minimizar os estragos.

Façamos então a nossa parte. Vamos fazer deste absurdo, pelo menos aqui no Brasil, um fracasso
total de bilheteria.

NÃO ASSISTAM, NÃO DÊEM $$$ A UMA PRODUÇÃO QUE SÓ VISA DENEGRIR NOSSA IMAGEM.

Só pra se ter uma idéia, o trailer começa com a frase: 'Num país onde vale tudo, tudo pode acontecer!!!'

Passem essa mensagem para o maior número de pessoas, pois eu considero que seja nossa obrigação não passar nem na porta dos cinemas que estejam exibindo esse filme.

Obrigada,

..... enviado por Lena."

4 de dezembro de 2006

Tem tempo que não falo de música. Amo tanto a música e tenho odiado tanto o cenário musical mundial atualmente, que chega a me dar nojo. Tenho nojo dos marqueteiros de plantão que dominam a indústria fonográfica, ao ponto de fazerem monstros sagrados do rock, lançarem materiais com qualidade abaixo da média do que eles podem produzir. Retratos disso são os últimos trabalhos de Iron Maiden, Judas Priest, U2, Oasis e até o brasileiríssimo Angra. Talvez por motivos de contrato, essas bandas que já conseguiram seu lugar ao sol, tem de se submeter a lançar trabalhos mornos, sem o menor significado para a carreira deles. Louvado sejam os reis do marketing, Kiss, que mesmo sempre sendo o fruto do que mais se repudia no mundo da música, eles conseguiram remar contra a maré nos últimos anos. Fazendo shows que é o que eles fazem de melhor, conseguiram se manter de pé nesse mesmo lugar ao sol em que todas as outras bandas outrora mereceram.
Quanta contradição! Vendo coisas assim, eu vou é ouvir jazz. Esse pelo menos, é hoje igual ao que será daqui 50 anos.

1 de dezembro de 2006

Hoje indo trabalhar, andei observando as pessoas. Ao pensar o quanto é autoritário, o fato das pessoas terem horários a serem cumpridos, acordarem cedo, muitas vezes não terem uma boa noite de sono, apenas porque foi determinado que ela trabalhasse daquela forma. Observando isso, pensei que a ida dessas pessoas seria um estímulo para a minha ida ao meu trabalho. Esse pensamento me confortou. Meu avô já dizia ''não há nada que um ser humano possa fazer, que o outro não seja capaz de fazer também".
A Microsoft deixa seus funcionários escolherem seus horários. Eles tem que cumprir metas semanais de carga horária de trabalho. Seria uma boa idéia dar aos brasileiros livre-arbítrio para dizerem se querem acordar as 6 horas da manhã para pegar um ônibus cheio ou se preferem chegar no trabalho depois de meio dia, ou depois de meia-noite, por que não?! Trabalho é trabalho e ponto final. É isso que dignifica o homem. Admito tudo, menos playboyzices agudas de quem nunca suou pra ganhar 1 centavo e ainda reclama da vida.

20 de novembro de 2006

Ninfeta

Nada como a gente pesquisar sobre um assunto que nos aguça a curiosidade. Descobri que a palavra ''ninfeta'' representa toda e qualquer figura do sexo feminino prestes a se tornar (ou que tenha acabado de se tornar) mulher. É uma figura que desperta desejo e cobiça de qualquer um dos mortais do sexo masculino.

Ninfeta é derivado de ninfa e não tem absolutamente nenhum caráter pejorativo ou sexual-vulgar. Meninas, não me xinguem depois disso, pois eu sempre apliquei-a no sentido pejorativo. Ninfa é a derivação mais próxima. Deriva do grego nimphe, que significa noiva.

As ninfas são espíritos, geralmente alados, habitantes dos lagos e riachos, bosques, florestas e etc. Geralmente são associadas a deuses e deusas maiores, como a caçadora Artemis, ao deus das árvores e ao aspecto (só de aparencia física e carnal mesmo, tipo a parte mortal) de Hermes.
Uma classe especial de ninfas, as Melíades, foram citadas por Homero como as mais ancestrais das ninfas. Enquanto as demais ninfas são normalmente filhas de Zeus, as Melíades descendem de Urano.

Apesar de serem consideradas divindades menores, espíritos da natureza, as ninfas são divindades às quais todo o mundo helênico prestava grande devoção e homenagem, e mesmo temor. Preferi bastante essa definição, muito mais do que a pejorativa.

Está aí uma explicação simples de uma palavra que eu uso com certa freqüência. Longe é claro do sentido pejorativo mais usado hoje em dia. Sentido esse diretamente relacionado à figura de uma menina recém saída da infância e com comportamento provocante aos homens mais velhos. Tudo isso começou após o conto de do escritor russo
Vladimir Nabokov, de 1955, chamado Lolita.
Após o livro, atribuiu-se o significando de "lolita'' à meninas menores de idade ou sexualmente atraentes e/ou precoces. Hoje, usa-se também "ninfeta" com significado bem similar.

Se alguém souber ou tiver algo a acrescentar à essa minha pesquisa, por favor entre em contato através dos comentários.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus.

fonte: Wikipedia

14 de setembro de 2006

Voto=Aposta

Acho que urna eletrônica deveria ficar em casa de apostas, afinal a gente não lê mentes nem sabe o futuro de nada, só deduz. Deduz-se que o canditado fulano vai fazer a meta x prometida em sua campanha, já o candidato cicrano cumprirá a meta y prometida. E se os dois fizerem o contrário? Alguém saberá? Alguém previu?
Certas coisas vão fazendo nos acostumar com tudo. Hoje vi uma apresentadora conversando com um participante de um programa de debate. O convidado disse ''infelizmente, depois desse governo Lula, passamos a ter que nos acostumar com certas coisas, como mensalão, corrupção descarada e etc...'', quando a apresentadora rebateu ''mas já estamos acostumados a tudo isso''. Espera aí!! Estamos?! Se estamos, por que o Zé Povinho insiste no voto de um Lula? A resposta é: aposta.
O povo quer apostar, quer pagar para ver, ver para crer. Crer no que? Num resultado óbvio que teremos mais 4 anos sem mudanças, sem progresso, sem esperanças e aquela ladainha toda que todos nós já estamos de saco cheio de saber. Eu estou calvo de saber que esse país está perdido. É comandado por malandros que se aproveitam da fragilidade intelectual e social do Zé Povinho. Dando a eles uma galinha - sem trocadilho com o frango a R$0,99 já polêmico, por favor - e pedindo só um voto em troca.
É, Sr Luis Inácio, eu não votaria no senhor nem se recebesse um tipo de ''bolsa eleitor'' como os que o senhor distribui.

8 de maio de 2006

Quando me questiono o que um sentimento puro, seja lá qual for ele, pode causar na vida de uma pessoa, mais e mais me convenço que somente vivendo aquilo para entender as causas, motivos, razões e circunstâncias (com a licença do professor Girafales) pelos quais a gente sente certas coisas na vida.
Recentemente uma história me chamou muita atenção - principalmente porque eu estou nela - me fazendo ver o quanto nós humanos, burros e bobos e somos, temos que pagar pra ver quase sempre. Três anos longos, onde muita coisa aconteceu na vida de duas pessoas. Durante esses 3 anos, essas pessoas tiveram detalhes bem pequenos interligando-as. Um belo dia - que tinha tudo para ser um dia como qualquer outro - algo ocorre. A interligação dessas duas pessoas volta a tona de maneira devastadora (apenas para uma das partes) e todo o universo à sua volta pode entrar em colapso.
Andei me convencendo mais ainda que escrever nesse blog seria um método extra para refletir a respeito e ver o por quê daqueles malditos motivos, razões ou circunstâncias supracitados incomodarem tanto, nesse caso, incomoda a ambas as pessoas envolvidas.
Penso que se nós temos um certo nível de experiência, isso ajuda a lidar com certas situações bem delicadas. Cada dia é um desafio, cada passo é um cuidado e cada palavra é um risco. Já até me disseram que o certo é viver um dia de cada vez, como os alcólicos anônimos fazem, assim tudo fica mais seguro, mais centrado num só objetivo, porém, sem obsessão, sem culpa. A liberdade de atos e palavras é essencial para as pessoas tomarem atitudes autênticas nessas horas, sem é claro, abdicar do que há de mais inteligente nessas horas: paciência.
Engraçado como a vida é. Nossos erros e acertos andam juntos e nos calam a boca sempre que fazemos merda ou temos vitórias. Se não estivessem, bastava ficar sempre no erro e tentativa até conseguirmos o que almejamos. Na vida, certos erros são imperdoáveis e as consequências irreversíveis. Nessas horas, não há segunda chance.

1 de maio de 2006

O vocês acham sobre a greve de fome de Antony Garotinho?

a) Ótimo. Ele realmente precisave de um regime.
b) Uma farsa! Vi uma barrinha de ceral no bolso direito dele.
c) Idiota. Existem mareiras mais rápidas de obter o suicidio.
d) Sou diabético. Não posso com cu doce.
e) "Conta tudo pra sua mãe, Garotinho!"

28 de abril de 2006

O início de uma nova Era na minha vida. Esse blog, assim como eu, registrou nesses anos todos, vários pensamentos. Muitos deles só eu entendo quando leio, afinal, fui eu que os escrevi. Outras pessoas lêem, mas na verdade não sabem do que estou falando. Um dia eu saberei uma maneira de encontrar o fim, o epicêntro de todos os tremores que minha vida sofre, sejam maléficos ou benéficos, como foi o mais recente. A felicidade está batendo à minha porta de dizendo "venha comigo". Eu só deixarei de ir atrás dela se eu for burro ou louco. Creio que não sou nenhum dos dois, acho que dará tudo certo.

Post deveras pessoal.

Abraços a todos. Fiquem com Deus.

19 de março de 2006

São poucos os comentários que recebo nesse blog, tendo em vista que não escrevo isso aqui pra ninguém e quase não divulgo a existencia do mesmo. Apenas uns antigos leitores desse blog ainda o visitam.
Porém, hoje, vim dar uma olhada nos poucos comentários que recebi do último post, que fora publicado no longínquo dia 7 de fevereiro (o penúltimo post). Me chamou atençao o seguinte comentário:

Infeliz o que você escreveu. Desculpe-me a sinceridade, mas acredito que está na hora de vc rever os seus conceitos caro amigo. Qual o problema de se expor um romance gay no cinema? Tantos romances héteros são expostos (e como!) de maneira muito mais chula e as pessoas aplaudem de mãos cheias. É triste saber que ainda existem pessoas que pensam como vc em pleno século 21. Um abraço, e veja se consegue parar de criticar a "casca" e comece a enxergar o que existe dentro do coração das pessoas. Deus te abençôe.
hugo | 02.28.06 - 3:39 pm | #


Esse Hugo apresentou o ponto de vista de um provável simpatizante do movimento gay. É provavel até que ele seja um homossexual e não quis se identificar. Mas isso não interessa nem um pouco no momento, só quero esclarecer que em momento algum eu critiquei o caso de amor dos protagonistas do filme. Qualquer forma de amor é bela, seja ela homossexual, heterossexual ou familiar. Os personagens deixam isso bem claro, os atores o fazem com maestria e em certos momentos até pode tocar as pessoas do ponto de vista de eles precisarem esconder isso do mundo inteiro.

O que eu não aceito, e exponho isso no post, é a apologia descarada ao homossexualismo levantada pela idéia central do filme ao término da projeção: o cowboy morre por causa de sua opção sexual, vítima de pessoas que não aceitam isso na sociedade, agora meu caro, levante essa bandeira e mostre que ser gay é legal, é o certo.
Não há quem me faça pensar assim. Vejo nesse tipo de filme uma forçassão (existe essa palavra) de barra violenta no sentido de tentar expor ao mundo uma idéia que vem se tornando cada vez mais comum. Temos até ''parada do orgulho gay''. Espera aí cara-pálida!! Orgulho de ser gay? Orgulho de uma anormalidade? Você pode até dizer que é feliz com sua opção sexual e que, mesmo a seguindo e não escondendo de ninguém, você consegue felicidade em sua vida com isso, Só não me faça pensar que alguem deva ter orgulho de ser anormal. Ser diferente é uma coisa, anormal é outra. Homossexualismo é um distúrbio, a ciência já provou, logo isso é sim uma anormalidade. A anormalidade que todos devemos tolerar, respeitar e não considerá-la como um empencilho na dignade e humanidade da pessoa.

Realmente fui mal entendido por algo que talvez eu tenha sido incompetente ou distraído ao expor minhas idéias. Não tenho nada contra homossexualismo. Pelo amor de Deus não!! Só não me faça me sentir bem e que me encha os olhos uma cena homossexual onde duas pessoas - sim, dois seres humanos antes de qualquer coisa - demonstram carinho e amor um pelo outro de forma física. Como eu disse no post do dia 7, até mesmo quando estamos na rua e vemos um casal de homem/mulher se beijando de forma mais ascintosa, nos sentimos de certo modo chocados, não precisando pra isso ser muito puritado, apenas sendo uma pessoa de bom senso, sabe-se que isso não é algo para se fazer em público. Façam o que quiserem, homossexuais ou não, dentro de sua casa ou num lugar PRIVATIVO. Não ao alcande dos olhos de quem é normal. Uma coisa é progresso e evolução, outra é inversão de valores e ultrapassagem de limites de ética.

Quem escreve esse texto é um cara extremamente liberal para a maioria das coisas que envolve o mundo moderno, sendo radical com outras. Essa é uma das coisas que fica no meio e eu tenho uma opinião muito específica para o assunto. Minha opinião está aí acima. Quem me conhece sabe como sou de verdade do ponto de vista da moral e costumes, Estou longe demais de ser uma pessoa que possa dar lição de moral em algum tipo de grupo social. Entretanto tenho todo o direito de colocar minhas idéias da forma como eu quiser, desde que é claro, eu não fira a dignidade de ninguém.

A opinião dos poucos que vêem aqui é importante, portanto,OBRIGADO HUGO.

Abraços a todos e fiquem com Deus.

24 de fevereiro de 2006

Recentemente ouvi a expressão ''desistir do ser humano''. Refleti sobre a penca de significados que ela pode ter. Me identifiquei bastante com esse tipo de pensamento, afinal, eu já desisti do ser humano há um bom tempo e somente hoje fui admitir isso.
Já não era sem tempo de isso acontecer, vide as constantes frustrações que eu tenho em relação à humanidade. Vejo tanta gente sem noção de nada que acontece no mundo, que não enxerga um palmo à frente do nariz, tanta gente que é inferior aos animais em TODOS os sentidos, que me faz ter um triste sentimento de vergonha por eu também ser humano.
É lamentável ver pessoas maltratando bichos, pessoas não dando valor a si próprias e fazendo de suas vidas algo produtivo, benéfico. Vejo à minha volta uma menina de 16 anos casando com um cara de 41 anos que conheceu somente há 3 meses, uma amiga de 19 anos que desistiu de viver porque o namorado morreu há 3 meses atrás, um amigo que gasta o que pode e o que não pode para comprar anabolizantes, outro que adora correr com o carro tornando o trânsito mais perigoso para todos, inclusive para ele mesmo. São apenas uns pequenos casos de meu desgosto desse mundo. Você pode dizer : ''mas são casos isolados''. Porém, se você procurar um pouquinho, acha outros fácilmente, aí na sua frente talvez.

É, é triste ser humano num mundo em que o ser humano anda tão em baixa.

7 de fevereiro de 2006

O que falar de Brokeback Mountain (O Segredo de Brokeback Mountain)?

Esse é o segundo indicado ao Oscar 2006 que eu assisto. O primeiro foi Crash-No Limite, que me pareceu ser muito mais bem elaborado. Minhas espectativas, por mais conservadoras que possam ser, me fazem esperar pelo filme do Spielberg mais do que qualquer outro. Motivo? Por ser do Spielberg! Munique tem um enredo melhor, tem um diretor melhor (sem querer tirar o mérito de Ang Lee em seu trabalho por Brokeback Mountain, cujo ponto fraco está no roteiro, não na direção, até porque estamos falando do diretor de O tigre e o Dragão, uma obra de arte plástica eternizada em forma de filme) e eu sou fã de tudo que o Spielberg fez até hoje. Fechando esse parênteses sobre outros indicados, volto a perguntar para mim mesmo: o que falar de Brokeback Mountain? É um filme de dois cowboys gays (ou bissexuais se preferir assim), com uma história centrada nos dois. O roteiro deixa-se perder em alguns momentos, tornando a história fria e sonolenta. Guardem bem esses nomes: Larry McMurtry e Diana Ossana, roteristas do filme, que foi baseado em estória de Annie Proulx. Nunca mais assisto filmes cujo roteiro seja desses dois. Se me avisarem antes, tô fora.

A partir desse parágrafo, se não quiser mais saber sobre o filme, não leia. É inevitável eu comentar sobre um filme que antes de assistir, me atiçou a curiosidade no sentido de, o que um filme hollywoodiano sobre dois cowboys gays pode fazer para ser merecedor de uma indicação ao Oscar?! E pior ainda, ser o favorito ao prêmio de melhor filme. Esse 'pior' citado na frase anterior, pode me fazer soar como um sujeito homofóbico, que não sou. Longe disso até. O que não me faz evitar a pergunta. O que esse filme fez para merecer tanto espaço? Só uma polêmica é suficiente? Ou seria o fato de ter sido dirigido por um grande diretor, Ang Lee? Pois acredito eu, que se fosse um diretor da Malásia ou da Costa do Marfim, a fazer um filme sobre dois cowboys gays, talvez não tivesse uma repercussão. A Paramount Pictures se submeteu a gravar um filme desse por algum motivo. Acredito eu também, que seja por já terem enxergado, logo no roteiro, um público alvo para esse tipo de filme. Na verdade três tipos de público alvo em efeito bola de neve. Primeiro os próprios gays; segundo, os críticos de cinema de plantão que adoram uma manchete do tipo "Filme de Ang Lee sobre cowboys gays é indicado ao Oscar'', e finalmente em terceiro, aqueles curiosos (como eu) que se perguntam ''Que merda de filme é esse?''.

Pareceu que só falei mal do filme e na verdade, o é. Mas duas coisas eu devo ser frio pra reconhecer. A primeira que me chamou atenção é a fotografia do filme, porém, mesmo sendo excelente, ainda fica atrás de O Jardineiro Fiel nesse quesito, que diga-se de passagem, nem foi indicado nessa categoria. A segunda, é a atuação de ambos os atores que representam os cowboys. Encorporaram gays que deixariam o mais homofóbico ou não, com asia e má digestão por um bom tempo. Chega a ser descarada a bandeira levantada pelo filme por esse ponto de vista. Parece que bradam aos quatro ventos: é legal ser gay e o mundo inteiro não tem nada a ver com isso!! Concordo, claro. Até aí tudo certo, se não fosse por esse tipo de exposição à homosexualidade com o intuito de romper um preconceito - ainda existente - mas chocando, incomodando. Ninguém quer ver um casal de gays se beijando na rua. Isso incomoda. Até mesmo um casal hetero, que é algo normal - sim, nesse caso podemos usar a palavra 'normal' sem soar preconceituosa - incomoda quando vê-se em amassos exagerados em lugares públicos. Por que então nos impor um filme (com indicações ao Oscar, sempre lembrando disso por favor) fazendo essa quase apologia ao homosexualismo? O filme é uma história como qualquer outra, contando um caso de paixão, um caso de infidelidade às esposas de ambos personagens. Onde está a moral e os valores? Nem eu nem você, nem ninguém tem nada a ver com essa opção sexual muito comum e cada vez mais promovida hoje em dia. Mas incomoda sim, Muito! Hipocrisia é dizermos que ver algo assim, permite nos identificarmos com os personagens. Afinal, de que serve história de amor em filmes? É muito bonito dizer que a ousadia(?) de um filme desse 'rompe barreiras'. Mas se pararmos para pensar, as barreiras já foram rompidas há muito tempo. Soei puritano? Tenho certeza que não. E você, heterosexual, normal, não hipócrita, também, assim como eu, não irá bradar aos quatro ventos: o mundo é gay!

Abraços a todos. Fiquem com Deus.

8 de janeiro de 2006

Se você ama cinema, não vá ao cinema!

Essa pseudo-contradição, é uma realidade que as pessoas com alto poder aquisitivo (as que menos vão ao cinema), são justamente as que menos compreenderão a complexidade de gostar tanto de algo e se afastar por motivos financeiros do mesmo. É o que acontece comigo quando sou colocado contra a parede por fazer download de filmes pela internet (diga-se de passagem, algo que faço compulsivamente a cerca de 2 anos, coincidindo com o período que estou sem entrar numa sala de cinema).
Hoje em dia, gasta-se em média uns R$ 70 a R$90 mensais para se ter uma conexão banda larga em casa. Abre-se então, um leque de oportunidades de downloads em massa, seja para filmes, músicas, jogos, etc. Com exceção de jogos, eu sou um downloader compulsivo assumido. Na internet eu encontro material que levaria umas 5 ou 6 vidas para juntar, em razão do custo 'legal' disso tudo caso fosse comprar cada CD de música e DVD de filmes e shows que eu baixo. Estou assumindo um crime publicamente aqui no meu blog? Há controvérsias. Até pouco tempo atrás nos EUA, uma polêmica surgiu em cima do processo que um velhinho de 72 anos tomou do Estado, em razão de seu neto ter baixado músicas pela internet através do computador do avô.

Para por fim a essa discussão e a esse relato pessoal meu, trago até vocês - para quem não leu ainda - a coluna de hoje do Artur Xexéo, no jornal O Globo.

por Artur Xexéo (O Globo)

O problema é o preço
O e-mail da leitora explica a crise por que passa a exibição cinematográfica:
¿O ingresso está caro. Para quem gosta de cinema, para quem vai sempre ao cinema, está caro. Pagar R$ 14 por um ingresso é caro. Duas pessoas pagam R$ 28. Três, R$ 42. Fora o estacionamento dos shoppings, R$ 3,50. Eu adoro cinema. Costumava ir duas a três vezes por semana quando havia filmes bons que se sucediam. Hoje, procuro as promoções em algum dia da semana, quando se paga uma ninharia. Aliás, ir ao cinema, só em dias úteis. Sábados, domingos e feriados é o fim. Lembra piquenique em família.¿
Quase ao mesmo tempo, chega e-mail de leitor com argumentos repetindo a mesma ladainha:
¿O preço é muito alto para o poder aquisitivo do brasileiro médio. Um ingresso nos desconfortáveis (lembra do Metro Boavista? Tinha algo melhor na face da Terra? ) e nada charmosos cinemas de shopping ¿ alguns do tamanho da sala do meu apartamento!! ¿ custa R 16 em média. Se considerarmos também preço absurdo da coca-cola e da pipoca, imagina quanto uma família de quatro pessoas gasta para ir a um cineminha: uns R$ 100, ou seja, um terço do salário mínimo.¿
A coluna de domingo passado, comentando um artigo do ¿New York Times¿ sobre a queda na freqüência às salas de cinema americanas, foi um pouco além do nosso universo de 17 leitores. Reproduzida na newsletter da jornalista Maria do Rosário Caetano, ganhou comentários de seus (dela) leitores e reforçou o principal motivo que vem afugentando os espectadores de cinema. Reproduzo um desses depoimentos:
Tenho dois filhos, de 4 e 6 anos de idade. O mais velho adora ir ao cinema. Programa-se antecipadamente, pois está aprendendo a ler, principalmente assistindo aos trailers que rolam não só na tela grande dos multiplex como nos monitores de TV espalhados pelo saguão.
Indo ao cinema no fim de semana com minha mulher e as duas crianças, gasto mais de R$ 40. É tamanho o estouro no cartão de crédito (o que mais me impressiona não é nem o ingresso, mas aquele combo da pipoca infantil que sai entre R$ 11 e R$ 12, aliás, pipoca no multiplex só falta vir com grife da Daslu de tão superfaturada) que tive que segurar o ímpeto do mais velho e programar uma ou duas vezes por mês essa ida ao cinema com a família.
Praticamente, gasto um DVD indo ao cinema com eles. É ou não é o caso de um pai de família pensar em esperar mais um pouco e ir na videolocadora gastar R$ 6 por uma sessão de domingo? Se cortar todas as idas ao cinema com a família, poderia ter, em um ano, uma coleção de 24 DVDs em casa pelo mesmo preço. Acredito que o cinema ainda tem poder de sedução entre os mais jovens: sua tela, seu som, seu programa de fim de semana. Mas é hora de pensar em economia de escala urgente para os exibidores.
Não vai ser sempre assim. Tem gente boa na indústria cinematográfica que acredita que a exibição digital vai baratear tanto os custos do cinema que as sessões no futuro serão... gratuitas! O exibidor ganharia dinheiro com o que cerca a exibição cinematográfica. Hoje é a pipoca e o refrigerante. No futuro, podem ser as cadeias de restaurantes ou os shows de rock. Já há multiplex em Nova York em que o hall de entrada se confunde com balcões do Outback. Um cinema antes, uma costelinha de porco depois.